Condômino é Preso em MG por Ataques Homofóbicos e Ameaças a Vizinhas

Um homem de 49 anos foi preso preventivamente em Minas Gerais após uma série de ataques homofóbicos, ameaças e o arremesso de explosivos contra vizinhas. A ação policial ocorreu após múltiplas denúncias e uma escalada de violência que gerou pânico no condomínio.
MG: Condômino é preso por jogar explosivos e ameaçar vizinhas, PCMG prende homem por ataques homofóbicos, perseguições e ameaças.
Policiais civis cumpriram, na tarde de quinta-feira (14), um mandado de prisão preventiva e um mandado de busca e apreensão contra um homem de 49 anos, investigado por crimes de discriminação e/ou preconceito racial em razão da homofobia, injúria qualificada pelo preconceito em razão da orientação sexual, ameaça e perseguição.
As investigações apontam que o suspeito possui prática reiterada desses delitos e já figura como investigado em diversos inquéritos policiais. As apurações indicam que as perseguições eram, em regra, direcionadas a casais homossexuais do gênero feminino, acompanhadas de ofensas, intimidações e ameaças de morte. Entre os episódios mais graves, está o arremesso de artefatos explosivos da janela de seu apartamento em direção à garagem do prédio, enquanto proferia frases preconceituosas. A ação foi registrada por câmeras de segurança e presenciada por moradores e funcionários do condomínio, causando pânico entre os presentes.
Relatos de testemunhas indicam que, por medo, alguns casais deixaram o condomínio às pressas, temendo pela integridade física e psicológica. Além dos ataques motivados por preconceito, o suspeito é apontado como autor contumaz de crimes contra vizinhos e familiares. Ao todo, a Polícia Civil contabilizou mais de 20 registros policiais e 14 processos judiciais em seu desfavor, sendo que a maior parte desses registros se refere a Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO) por perturbação da tranquilidade, ameaça e dano, crimes cometidos contra vizinhos.
A partir do momento em que ele passou a praticar atos homofóbicos, os casos passaram a ser investigados pela Polícia Civil, que apura atualmente quatro registros específicos dessa natureza.
O condomínio ingressou com ação cível visando à expulsão do investigado, diante do risco à integridade dos moradores. Há também relatos de tentativas de invasão de residências e de gestos simulando o uso de arma de fogo para intimidar as vítimas. A conduta reiterada, a escalada de violência e o completo desrespeito às normas legais e sociais foram determinantes para a decretação da prisão preventiva.
Durante as buscas, foram apreendidos diversos dispositivos eletrônicos e grande quantia de dinheiro. Esses itens serão objeto de investigação específica, uma vez que o investigado afirmou estar desempregado e realizar apenas “bicos”.
A Polícia Civil reforça que denúncias sobre crimes de racismo, intolerância e discriminação podem ser registradas presencialmente na delegacia ou pelo telefone 190, de forma anônima.