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Furto de adaptadores de mangueiras de incêndio: como proteger seu condomínio (e evitar prejuízos)

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O furto de adaptadores de mangueiras de incêndio — muitas vezes vendidos a quilo em ferros-velhos — explodiu e já causa perdas relevantes em condomínios. Entenda por que isso acontece, os riscos para a segurança e as ações práticas (lacres, inspeções, câmeras, sensores e padronização de peças) para prevenir novas ocorrências.

O que está acontecendo (e por quê)

O crime é “silencioso”: os adaptadores (geralmente de cobre) têm revenda facilitada e valor por peso, incentivando furtos pontuais em horários de pouco fluxo. Resultado:

  • Condomínios somam prejuízos: em Ipatinga, um prédio perdeu 16 adaptadores (≈ R$ 5 mil).
  • Lojas de prevenção e combate a incêndio relatam alta procura: pedidos de reposição vindos de 17 condomínios.
  • Fábricas já correm para produzir peças de alumínio, menos atrativas para receptação.

Além do custo direto, a retirada de bicos/adaptadores compromete o sistema de hidrantes, aumenta o risco de reprovação em retestes e pode afetar AVCB e seguros.

Risco real: segurança, conformidade e seguro

  • Resposta a incêndio comprometida: sem o adaptador correto, a mangueira não acopla ao hidrante.
  • Conformidade em xeque: lacunas podem gerar pendências em vistoria e multas.
  • Seguro: sinistros com manutenção negligenciada podem ter cobertura questionada.

O que os síndicos estão fazendo (e funciona)

Relatos de campo mostram medidas combinadas que reduzem o problema:

  • Lacres visuais nas caixas de incêndio + vistoria semanal.
  • Câmeras por andar e adesivos nas portas dos hidrantes para efeito dissuasório.
  • Sensores/alarme de abertura na caixa de incêndio: sirene indica o andar violado.
  • Padronização de peças e registro patrimonial (gravação/identificação) para dificultar revenda.
  • Troca por adaptadores de alumínio (quando tecnicamente compatíveis), reduzindo atratividade econômica.

Plano de ação em 3 etapas

1) Resposta imediata (0–7 dias)

  • BO (Boletim de Ocorrência) e registro no livro de ocorrências.
  • Inventário completo dos hidrantes: conferência de bicos, tampões, mangueiras e chaves storz.
  • Reposição emergencial das peças faltantes e lacres nas caixas.
  • Aviso oficial aos moradores sobre o ocorrido e sobre a rotina de inspeção.

2) Prevenção estrutural (2–4 semanas)

  • Câmeras nos andares estratégicos + adesivos de dissuasão nos nichos.
  • Sensores de porta aberta com alarme local e log de evento.
  • Padronização de adaptadores (alumínio ou liga menos visada) compatíveis com o sistema; gravação/identificação das peças.
  • Rota de rondas (checklist) com foto de antes/depois e conferência de números de série.

3) Governança e conformidade (contínuo)

  • Vistoria semanal das caixas de incêndio (checklist de 1 página).
  • Relatório mensal ao conselho: ocorrências, peças repostas, custo acumulado.
  • Treinamento da equipe (portaria/limpeza/manutenção) para identificar violação e agir.
  • Calendário de manutenção vinculado às exigências do AVCB.

Checklist de vistoria semanal (prático)