Voltar para o Blog
CELF

LGPD na portaria: como tratar dados sensíveis sem travar a operação

Imagem de destaque para LGPD na portaria: como tratar dados sensíveis sem travar a operação

Portarias ainda coletam nome, documento e até foto de visitantes em cadernos ou sistemas frágeis — um prato cheio para riscos de privacidade e incidentes. Veja como enquadrar seu condomínio à LGPD com tecnologia (criptografia, perfis de acesso, logs e 2FA), processos simples e comunicação clara com moradores e prestadores.

Por que isso importa agora

Em muitos condomínios, a recepção registra dados pessoais e sensíveis de forma manual, gerando filas, erros e exposição desnecessária — inclusive com “caderninhos” que podem ser perdidos ou acessados por terceiros. Além de ineficiente, esse cenário contraria princípios da LGPD e aumenta o risco jurídico e reputacional. Condo News

O que a LGPD realmente exige

A LGPD determina princípios como finalidade, necessidade (minimização), transparência e segurança para qualquer tratamento de dados pessoais — do cadastro de visitantes ao arquivo de ocorrências. Em outras palavras: colete apenas o que for indispensável, deixe claro o porquê e proteja o dado de ponta a ponta. Serviços e Informações do Brasil, Planalto

Checklist de tecnologia para adequação (sem complicar)

  • Criptografia em trânsito e em repouso: garante que dados de visitantes e prestadores não circulem ou fiquem armazenados “abertos”.
  • Perfis e permissões por função: síndicos, porteiros e administradoras veem apenas o necessário para seu trabalho.
  • Logs e relatórios de acesso: rastreabilidade para auditorias e investigações — quem acessou o quê, quando e por quê.
  • 2FA (autenticação em dois fatores): reduz acesso indevido e vazamentos.
  • Integrações úteis: câmera/CFTV, portões eletrônicos e comunicação interna para reduzir retrabalho e dar fluidez à operação.
  • Usabilidade: interface intuitiva para cadastro de visitantes, cadastro de prestadores e avisos automáticos aos moradores.

Dica prática: comece pela troca do “livro” físico por sistema com perfis e logs, depois eleve a proteção com criptografia + 2FA. Condo News

Processos mínimos que todo condomínio deveria adotar

  1. Base legal e consentimento claros: Explique a finalidade do cadastro de visitantes, colete apenas o essencial e registre o consentimento quando ele for a base adequada (em outras hipóteses, use a base legal pertinente).
  2. Política de privacidade visível na portaria: Exponha de forma simples como os dados são usados, por quanto tempo ficam armazenados e como o titular pode exercer seus direitos.
  3. Governança: quem cuida do quê: Defina responsáveis e fluxos: quem configura perfis, quem revisa logs, como reportar incidentes e qual o prazo de resposta. Em cenários de maior risco, elabore um Relatório de Impacto à Proteção de Dados (RIPD).
  4. Treinamento leve e contínuo: Rotinas de 20–30 minutos para reciclar a equipe de portaria e fornecedores: checagem de documentos, tratamento de exceções e orientação sobre privacidade.

Sinais de alerta (se aparecerem, pare e ajuste)

  • Registro manual de dados sensíveis em papel ou planilhas sem controle.
  • Acesso indiscriminado aos cadastros por qualquer colaborador.
  • Falta de logs, trilhas de auditoria e dupla autenticação.

Métricas para acompanhar a evolução

  • % de cadastros com base legal e finalidade registradas.
  • Tempo médio de atendimento na portaria (antes/depois da digitalização).
  • Incidentes de acesso indevido e tempo de resposta.

Perguntas rápidas

Podemos pedir foto e CPF de todos os visitantes? Depende da finalidade e da necessidade. Se houver outra forma de identificação suficiente, evite coletar dados a mais. Quando necessário, explique o motivo e proteja o dado adequadamente.

Quem fiscaliza a LGPD? A ANPD é a autoridade responsável — inclusive por orientar, fiscalizar e aplicar sanções administrativas.


Como a CELF pode ajudar

  • Diagnóstico LGPD na portaria (gaps de processo e tecnologia).
  • Implantação de sistema com criptografia, perfis, logs e 2FA.
  • Padronização de rotinas e treinamento da equipe.
  • Acompanhamento e indicadores para manter a conformidade viva.

Quer transformar a portaria em um ponto forte do seu condomínio? Fale com a CELF e receba um roteiro personalizado de adequação em até 10 dias.